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 deste 1988 todo goleiro que chega à meta do Fluminense tem a vida dura. Em agosto daquele ano, despedia-se do Tricolor o último camisa 1 que poderia ser chamado de ídolo: Paulo Victor, campeão brasileiro em 84. De lá para cá, todos os “herdeiros” conviveram com a desconfiança.

Alguns, chegaram a ter bons momentos no clube, como Ricardo Pinto, Wellerson ou Kléber.Porém, nenhum deles chegou a cair definitivamente nas graças dos tricolores.

Recentemente, o trio Ricardo Berna, Fernando Henrique e Rafael participou de uma verdadeira dança das cadeiras no gol do Flu. Nesta temporada, por exemplo, os três atuaram como titulares.

O caso do primeiro é o mais emblemático. No início do ano, era apenas a terceira opção. Entretanto, com o insucesso dos outros dois, acabou ganhando a vaga e terminou o Brasileiro como o titular na conquista nacional, fato este que lhe deixou com boas chances de renovar seu contrato, que se encerra nesta sexta-feira.

Todavia, apesar do bom desempenho, Berna é outro que ainda não alcançou o posto de ídolo da torcida, missão esta que será tentada também por Diego Cavalieri, recém-contratado junto ao Cesena (ITA) e que chega com status de reforço de peso.

– Estou muito aliviado por ter conseguido esta liberação. Agora é me focar para ter um 2011 maravilhoso – declarou o goleiro, que terá a pré-temporada, em Mangaratiba, para provar que pode ser o titular.

PROBLEMAS COM A MALA

Ao que parece, a Itália cisma em não deixar Cavalieri ir embora por completo. Na quinta-feira, o goleiro passou a tarde no aeroporto tentando recuperar suas malas, que ficaram no país e que, passados dez dias, ainda não apareceram:

– Desde o dia 20 elas não aparecem. Tem roupa e outras coisas. Ninguém sabe me informar.

FLUMINENSE: TRADIÇÃO EM GOLEIROS

Se a camisa 1 tricolor está à procura de um dono nos últimos anos, nem sempre foi assim. O Fluminense contou com grandes goleiros ao longo de sua centenária história.

O nome mais lembrado é Castillo. Ele é o jogador que mais atuou pelo Flu: 696 partidas, entre 1947 e 1965. E ficou marcado por amputar um dedo da mão esquerda para jogar.

Seu companheiro era Veludo, outro grande camisa 1, entre 1949 e 1956. Os dois eram os goleiros da Seleção e disputaram a Copa de 1954.

Antes deles, Marcos de Mendonça (de 1914 a 1922), iniciou a tradição de grandes goleiros no Flu, e Batatais (de 1935 a 1946), goleiro na Copa de 1938, já faziam história.

Outro camisa 1 importante foi Félix, que jogou por nove anos e fez parte da Máquina Tricolor, além de ter sido titular do Brasil na Copa do Mundo 1970.



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